6.5.06

Ele levou as nossas enfermidades

Este é um tema sempre actual, seja lá em que época estejamos. Existem pequenas enfermidades e grandes enfermidades. Existem as letais, rápidas ou demoradas e também as passageiras, que somente deixam pequenas cicatrizes ou não. Uma coisa nós sabemos que elas vêem de um jeito ou de outro.
Martin Heidegge observa que, o conhecimento que temos da própria morte é a musica de fundo que toca francamente à distância durante a nossa vida. "Talvez às vezes consigamos fazê-la emudecer, mas há outras ocasiôes em que ela aumenta em intensidade e ritmo, de modo que não podemos deixar de estar conscientes dela". Paul Tillich realça que a ameaça de não-ser, que produz ansiedade existencial, possui três formas: a ameaça de destino e morte, de vazio e perda de sentido, de culpa e condenação. Essa ansiedade permeia todo o nosso ser. Ela faz parte de nossa "herança de finitude", a sombra negra que toca todas as outras ansiedades e lhes confere seu poder".
Na minha igreja existem algumas pessoas doentes. As respostas que essas pessoas procuram são legítimas e concretas. Elas buscam a cura, ou melhor, elas sabem que Deus as pode curar. Mas nem sempre essa fé as satisfaz. Pode ser que Deus não as queira curar. E essa pode bem ser a resposta de Deus. João D,Ávila tinha uma doença incurável, só um milagre o podia salvar da morte, ele orou e orou e nada. A resposta que ele esperava não vinha nem iria vir. Então ele orou de maneira diferente:"Senhor eu oro para que tu me concedas ver os tesouros escondidos na minha enfermidade, as riquezas dos meus sofrimentos dos quais o mundo só pensa em fugir".
"A minha graça te basta", é uma resposta alternativa ao milagre à cura. Que resposta nós desejamos? Que solo desejamos continuar pisando, o da terra ou o do céu? Qual é a nossa realidade? A de peregrinos, forasteiros em terra estranha, ou a de conformados com este século?

Nenhum comentário:

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...