As pessoas sofrem e esperam, praguejam e oram. No entanto, a verdade é que muitos de nós vivemos anos e anos sedentos de relacionamentos significativos, sem consciência de nossa dor, de nosso potencial, de nosso vazio. A realidade é que nos movemos em meio a pessoas assustadas, desnutridas, incapazes de reagir às dificuldades da vida e, influenciados pelo vazio tornamo-nos fracos. As atitudes e quebras de regras são nada mais nada menos, do que o acúmulo de informações erradas que nos bombardeam e que nós minimizamos.
Somente quem descobriu nova vida em suas próprias profundezas pode tornar-se um ou uma obstetra espiritual, contribuindo para o nascimento de indivíduos saudáveis. Há uma pergunta deveras importante. O que as pessoas sentem quando entram em contacto com a sua própria vida? Naturalmente reconhecemos que é não é fácil avivar relacionamentos e ao mesmo tempo participar dos dramas dos outros e ainda ter que enfrentar os nossos. Porém, cada um de nós é desafiado conscientemente a tornar-se participante e contribuinte e não um mero observador. Precisamos fazer parte desse movimento que é dinâmico, que dá novas respostas às necessidades das pessoas. Pessoas essas jogadas em nossas estradas modernas de Jericó. Pessoas despojadas de auto-estima e abatidas pelas crises e tragédias da vida. Igreja é isso.
Muitos factores diferentes podem travar o crescimento em direção ao alvo (alvo esse que não somos nós), a falta de um suprimento adequado de amor maduro na infância; uma crise traumática ou um série de crises: perda de um ente querido, divórcio, acidentes, desemprego, doenças graves, catástrofes naturais, guerra, a paralisia causada por conflitos interiores, ansiedades e as consequências acumuladas de um modo de vida irresponsável. Essas pessoas existem, chocam-se umas com as outras - estão em busca de pão, mas só encontram pedras.
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