Li o livro e fiquei impressionado com o conhecimento e experiência que Manning, ex-alcólatra, teve com a Graça de Deus. Se existe alguém hoje no meio evangélico que pode escrever sobre a doutrina da Graça é este homem. O evangelho maltrapilho foi escrito para um público específico em mente - como ele próprio diz: não para superespirituais, nem para cristãos musculosos que têm John Wayne como herói, e não Jesus. Também sequer para acadêmicos que aprisionam Jesus na torre de marfim da exegese. Tão pouco para gente barulhenta e bonachona que manipula o cristianismo a ponto de torná-lo um simples apelo ao emocionalismo. Não é para místicos de capuz que querem mágica na sua religião. Não é para cristãos ”aleluia”, que vivem apenas no alto da montanha e nunca visitaram o vale da desolação. Não é para os destemidos que nunca derramaram lágrimas. Não é para os zelotes ardentes que se gabem como o jovem rico dos Evangelhos: “Guardo todos esses mandamentos desde a minha juventude”. Não é para os complacentes, que ostentam sobre os ombros um sacolão de honras, diplomas e boas obras, crendo que efectivamente chegaram lá. Não é para legalistas, que preferem entregar o controle da alma a regras a viver em união com Jesus.
Manning escreve para os dilapidados, os derrotados e os exauridos. Pessoas sobrecarregadas que vivem ainda mudando o peso da mala de uma mão para a outra. Aquelas pessoas vacilantes e de joelhos fracas, que sabem que não se bastam de forma alguma e são orgulhosos demais para aceitar a esmola da graça admirável. É para os discípulos inconsistentes e instáveis cuja azeitona vive caindo fora da empada. É para homens e mulheres pobres, fracos e pecaminosos com falhas hereditárias e talentos limitados. É para os vasos de barro que arrastam pés de argila. É para gente inteligente que sabe que é estúpida, e para discípulos honestos que admitem que são canalhas. Este livro é no final das contas para gente que ao longo do caminho ficou cansada e desencorajada.
Manning escreve para os dilapidados, os derrotados e os exauridos. Pessoas sobrecarregadas que vivem ainda mudando o peso da mala de uma mão para a outra. Aquelas pessoas vacilantes e de joelhos fracas, que sabem que não se bastam de forma alguma e são orgulhosos demais para aceitar a esmola da graça admirável. É para os discípulos inconsistentes e instáveis cuja azeitona vive caindo fora da empada. É para homens e mulheres pobres, fracos e pecaminosos com falhas hereditárias e talentos limitados. É para os vasos de barro que arrastam pés de argila. É para gente inteligente que sabe que é estúpida, e para discípulos honestos que admitem que são canalhas. Este livro é no final das contas para gente que ao longo do caminho ficou cansada e desencorajada.
Um comentário:
O escândalo da graça
O evangelho maltrapilho foi escrito para pessoas aniquiladas, derrotadas e exauridas. Pessoas que se acham indignas de receber o amor de Deus. Quem sabe, ignoradas pela comunidade de cristãos por não se encaixarem no perfil de super-homem ou de supermulher que lhes é constantemente exigido. Pessoas cansadas da espiritualidade superficial e consumista. Pessoas que travam inúmeras batalhas interiores por não se sentirem parte de uma comunidade afetiva e acolhedora.
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