O sentimento geral é de uma comunidade superficial que não aprendeu amar porque tem medo. Os caminhos da vida cristã e de espiritualidade são carreiros ( trilhos) de aceitação de auto-negação de amizade profundamente sentida. Quando o Senhor chamou o apóstolo Pedro para o ministério não lhe perguntou o quanto conhecia sobre Deus, nem mesmo sobre as experiências espirituais que tinha tido, mas se ele o amava (Cf Jo21.15-17). Era o afecto de Pedro que interessava a Jesus. Isto não significa que o conhecimento ou a experiência são irrelevantes; mas se estes não são traduzidos em afectos, se não atingem o coração, transformamo-nos em presas fáceis para as apostas do diabo ( ler Jó cap. 1 e 2). "Amar a Deus de todo o coração, alma, e forças, e ao próximo como a si mesmo", constitui nas palavras de Jesus, o cumprimento da lei e dos profetas. É este amor que nasce do coração, que determina os segredos do nosso relacionamento com Deus. A partir do momento que o homem for capaz de adorar e servir a Deus por nada, simplesmente porque Deus é Deus e não porque o cobre de benefícios - ele encontra o sentido maior da sua devoção, o centro de sua espiritualidade, o coração como fonte dos afectos mais puros e genuínos da alma humana
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