A era moderna, com seus racionalistas e seus materialistas científicos, todos eles frutos do Iluminismo, ainda se interessavam pela verdade. Inclinados a rejeitar as reivindicações da revelação, os modernistas buscavam razões racionais ou provas históricas que sustentassem a fé religiosa. Por outras palavras eles faziam perguntas: Os eventos da Bíblia foram reais? Jesus era mesmo o Filho de Deus, e ressurgiu mesmo dos mortos, fisicamente?Hoje o modernismo, (conquanto exista em certos lugares isolados), está quase ultrapassado. As promessas da razão, a idéia de que a mente humana poderia engendrar uma sociedade perfeita, de que a ciência e o progresso tecnológico poderia resolver todos os problemas já se desfizeram em desilusão.
Os pós-modernistas tanto da classe acadêmica como da cultura popular raciocinavam que, se a razão, o empiricismo e a busca do conhecimento objectivo levavam a tanta desilusão, talvez o problema fosse a objectividade. O modernismo foi dominado pelas ciências exactas, o pós-modernismo é dominado pelas ciências sociais. As crenças são vistas como fenômenos psicológicos ou sociológicos . O modo com pensamos é configurado pela nossa cultura; há muitas culturas diferentes. Quem dirá que a interpretação da realidade de uma cultura seja melhor que a outra? Quem está em melhor sintonia com um meio ambiente? Qual o critério que nos (nós ocidentais) permite dizer que nossa verdade – com sua herança de colonialismo e destruição ecológica – seja melhor que a de África, Ásia, América? Os cientistas sociais começaram a semear a noção do relativismo cultural, inferindo que todas as reivindicações à verdade e princípios morais nada mais são que criações culturais, e que todas são igualmente válidas. Ao mesmo tempo o existencialismo estava se deslocando dos cafés e estudos de artistas para a corrente intelectual e cultural da maioria. Para o existencialismo, o sentido da vida é que ela não tem sentido. Uma vez que a pessoa perceba que não existe significado pré-fabricado no universo, torna-se possível fabricar um significado para si mesmo. Uma vida autêntica é a que não aceita as respostas pré-programadas da tradição, da razão ou da religião (eis aqui o meu amigo P.J.M.). pela a força da vontade, a pessoa pode escolher para si um sentido. Quer se escolha o Marxismo ou o Cristianismo, uma vida de crime ou de serviço, o significado é criado por um acto da vontade.
O s existencialistas originais eram almas atormentadas que lutavam contra o desespero. Os existencialistas populares de hoje acham que essa falta de sentido objectivo na vida é libertadora. Os que crêem no aborto se rotulam de indivíduos “pró-opção”. Constituem um exemplo definido da ética existencialista, não reconhecendo nenhum princípio moral que se aplique a todos os seres humanos. O que torna um acto moral é a circunstância de ter havido escolha. Se uma mulher escolhe ter um filho, isso está certo para ela. Se a mulher escolhe ter um aborto, está certo para ela. Fica excluída qualquer aplicação de absolutos morais transcendentes, bem com qualquer informação científica objectiva sobre o desenvolvimento do feto. Quer seja o assunto a justeza de várias “escolhas de estilo de vida sexual”, “o direito de morrer” ou “a ação decisória ética” como maneira de ensinar a ética na escola, a moralidade fica vista totalmente com questão de exercer a vontade, e todas as opções são consideradas igualmente válidas.(Continua)
Resenha apresentada por Daniel Marques da Silva, sobre os tempos pós-modernos do livro REFORMA HOJE de vários escritores e pastores da tradição calvinista
Os pós-modernistas tanto da classe acadêmica como da cultura popular raciocinavam que, se a razão, o empiricismo e a busca do conhecimento objectivo levavam a tanta desilusão, talvez o problema fosse a objectividade. O modernismo foi dominado pelas ciências exactas, o pós-modernismo é dominado pelas ciências sociais. As crenças são vistas como fenômenos psicológicos ou sociológicos . O modo com pensamos é configurado pela nossa cultura; há muitas culturas diferentes. Quem dirá que a interpretação da realidade de uma cultura seja melhor que a outra? Quem está em melhor sintonia com um meio ambiente? Qual o critério que nos (nós ocidentais) permite dizer que nossa verdade – com sua herança de colonialismo e destruição ecológica – seja melhor que a de África, Ásia, América? Os cientistas sociais começaram a semear a noção do relativismo cultural, inferindo que todas as reivindicações à verdade e princípios morais nada mais são que criações culturais, e que todas são igualmente válidas. Ao mesmo tempo o existencialismo estava se deslocando dos cafés e estudos de artistas para a corrente intelectual e cultural da maioria. Para o existencialismo, o sentido da vida é que ela não tem sentido. Uma vez que a pessoa perceba que não existe significado pré-fabricado no universo, torna-se possível fabricar um significado para si mesmo. Uma vida autêntica é a que não aceita as respostas pré-programadas da tradição, da razão ou da religião (eis aqui o meu amigo P.J.M.). pela a força da vontade, a pessoa pode escolher para si um sentido. Quer se escolha o Marxismo ou o Cristianismo, uma vida de crime ou de serviço, o significado é criado por um acto da vontade.
O s existencialistas originais eram almas atormentadas que lutavam contra o desespero. Os existencialistas populares de hoje acham que essa falta de sentido objectivo na vida é libertadora. Os que crêem no aborto se rotulam de indivíduos “pró-opção”. Constituem um exemplo definido da ética existencialista, não reconhecendo nenhum princípio moral que se aplique a todos os seres humanos. O que torna um acto moral é a circunstância de ter havido escolha. Se uma mulher escolhe ter um filho, isso está certo para ela. Se a mulher escolhe ter um aborto, está certo para ela. Fica excluída qualquer aplicação de absolutos morais transcendentes, bem com qualquer informação científica objectiva sobre o desenvolvimento do feto. Quer seja o assunto a justeza de várias “escolhas de estilo de vida sexual”, “o direito de morrer” ou “a ação decisória ética” como maneira de ensinar a ética na escola, a moralidade fica vista totalmente com questão de exercer a vontade, e todas as opções são consideradas igualmente válidas.(Continua)
Resenha apresentada por Daniel Marques da Silva, sobre os tempos pós-modernos do livro REFORMA HOJE de vários escritores e pastores da tradição calvinista
Um comentário:
Difícil esta questão do existencialismo aplicado à ética.
Precisavamos de entender acerca de qual existencialismo se fala,
pois o de Heidegger não contempla a ética, mas tão somente a ontologia, e
o de Kierkegaard é fundamentalmente a ultrapassagem do ponto de vista ético para o religioso.
O existencialismo francês é uma espécie de "mainstream" existencialista; uma espécie de existencialismo de trazer pelo café e de tradução francesa dos alemães e do dinamarquês.
Depois disto clarificado, resta-nos embtar de frente com a questão principal: à absolutos ou não? Isto põe uma grande questão acerca da escolha, isto é, no fundo o que é escolher, apenas uma atividade humana ou A atividade humana por excelência?
A questão do aborto é uma entre tantas, mas é mais provocadora do que esclarecedora em relação ao problema fundamental que levantas.
Aguardo pelo próximo episódio.
Abraço
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