18.1.11

Vamos indo, devagarinho...

Esta foi no dia de Reis (e rainhas também).

 
Foi um reizinho toda a tarde.
Esta é a bagunça nossa de cada dia. Tudo junto e misturado.
Um soninho de tarde enquanto os irmãos estão na escola.



Com a boca tão cheia que nem podia sorrir.
Passeios à pé por Alpiarça
Eles tentavam entender essa escultura em frente aos bombeiros.


Ainda tentando entender a escultura.
Pai e avô tomando conta das crianças.

Ops, cadê as crianças?


Passeio na barragem dos Patudos (Alpiarça)

Os patinhos se assustaram com o nosso barulho




Não parece um pastor de ovelhas? Ele se sentiu como Davi!


No sobreiro ( a árvore da cortiça)


Em uma oliveira boa de subir.

11.1.11

O que é um menino?

 Alan Beck - Tradução de Benedicto Ferri de Barros


Entre a inocência da infância e a compostura da maturidade há uma deliciosa criatura chamada menino. Embora se apresentem em tamanhos, pesos e cores sortidos, todos os meninos têm o mesmo credo: aproveitar cada segundo de cada minuto de todas as horas de todos os dias e protestar ruidosamente - o barulho é sua única arma - quando seu último minuto é decretado e os adultos os empacotam e metem na cama.
Meninos são encontrados em todas as partes: em cima de, embaixo de, dentro de, subindo em, balançando-se no, correndo em volta de, pulando para. As mães os adoram, as meninas os odeiam, irmãos e irmãs mais velhos os suportam, adultos os ignoram, o céu os protege. Um menino é a Verdade com o rosto sujo, a Beleza com um corte no dedo, a Sabedoria com um chiclete no cabelo, a Esperança do futuro com uma rã no bolso.
Quando você está ocupado, um menino é um conversa-fiada intrometido e amolante. Quando você deseja que ele cause boa impressão, seu cérebro vira geléia ou ele se transforma em uma criatura sádica e selvagem empenhada em desmontar o mundo ao seu redor.
Um menino é um híbrido: o apetite de um cavalo, a disposição de um engole-espadas, a energia de uma bomba atômica de bolso, a curiosidade de um gato, os pulmões de um ditador, a imaginação de um Júlio Verne, o retraimento de uma violeta, o entusiasmo de um bombeiro - e quando se mete a fazer alguma coisa é como se tivesse cinco polegares em cada mão.
Gosta de sorvetes, canivetes, serrotes, pedaços de pau, água (no seu "habitat" natural), bichos grandes, Papai, sábados, domingos e feriados, mangueiras de água. Não partidário de catecismo, escolas, livros sem figuras, lições de música, colarinhos, barbeiros, meninas, agasalhos, adultos e hora de dormir.
Ninguém se levanta tão cedo, nem chega, tão tarde para o jantar. Ninguém se diverte tanto com árvores, cachorros e mosquitos. Ninguém mais é capaz de meter num único bolso um canivete enferrujado, uma maçã comida peta metade, um metro e meio de barbante, um saco de matéria plástica, duas pastilhas de chiclete, três notas de um cruzeiro, um estilingue e um fragmento de substância ignorada.
Um menino é uma criatura mágica: você pode mantê-lo fora do seu escritório, mas não pode expulsá-lo de seu coração. Pode pô-lo para fora da sala de visitas, mas não pode tirá-lo de sua mente. Queira, ou não, ele é seu captor, seu carcereiro, seu dono, seu patrão - um cara sarapintado, um nanico, um mata-gatos, um pacote de encrencas. Mas quando à noite você chega em casa, com suas esperanças e seus sonhos reduzidos a pedaços, ele possui a magia de soldá-los em um segundo, pronunciando duas palavras somente: "Olá, Papai!"...

O que é uma menina?

Yan Marten - Tradução de Benedicto Ferri de Barros

Desde o começo sabemos: as meninas nascem cheias de fitas, laços e dengos. Ninguém se engana com elas. Aos poucos dias de vida aderiu à mãe e começa a manobrá-la, entre 2 e 3 anos faz gato-sapato do pai, dos 4 aos 5 em diante aciona tios, avós e amigos da casa com a maior naturalidade. Enquanto for menina (e daí pela vida afora) jurará de pés juntos que não pretende manobrar ninguém. E é verdade.
A partir dos 3 anos está habilitada a tomar conta de uma boneca como pequena mãezinha; aos 5 fará comidinhas e operará vassouras duas vezes maiores do que ela; aos 6 pode atuar como babá de irmãos menores e aos 7 estará dirigindo a casa, estalando ovos para o pai, passando pito nas empregadas. Para os meninos as meninas são trombolhos quando se metem nos "brinquedos de homens", mas quando não há companheiros são parceiras ideais na maquinação de travessuras, nas grandes expedições de territórios, nos encargos de ordenanças.
Como as rolinhas, meninas formam bandinhos que estão sempre juntos. A despeito das predileções, fofocas e discriminações que agitam essas pequenas colméias, elas não se desmancham nunca, pois são feitas para isso mesmo. Um dia a menina vai vestir o vestido de baile da mamãe, calçar seus sapatos de salto alto, pintar a cara de rouge e batom, se perfumar com o vidro inteiro de Chanel n°5.
Outro dia desfará todo o guarda-roupas para polvilhar de talco os lençóis, as colchas, as fronhas, os guardanapos, as toalhas de banho, de rosto, de mesa e, por fim também a irmãzinha menor. (Nesta última operação o talco poderá vir a ser eventualmente substituído por creme hidratante, mel de abelhas e até mesmo por molho de macarronada). Meninas gostam de vestidos e sapatos novos, principalmente de sapatos.
Adoram colares, anéis e pulseiras, dos quais se livram tão logo a mãe não esteja olhando. Entram em salões de festas como princesas caminhando para o altar - e quinze minutos depois se transformaram miraculosamente em gatas-borralheiras. Nas casas onde há meninas, as mães se vestem e se cuidam melhor a fim de não serem passadas para trás; os meninos não se comportam melhor (pelo contrário) mas aprendem a dar flores de presente; os pais se tornam mais empostados e gentis, para não perderem sua posição de príncipe e sua imagem de rei.
Uma menina - se disse - é uma flor: uma mensagem de pureza, uma beleza gratuita e permanente, um gesto sempre inesperado de bondade e de carinho. Uma menina - como se disse - é um poema: nunca dará a ninguém a dureza necessária à vida, mas estará sempre irradiando uma advertência de encanto, de alegria de que - apesar de tudo - vale a pena.
Nos espetáculos de catástrofe, perseguição, fúria, violência e morte, basta a presença de uma menina e seu sorriso ou seu pranto, para nos restituir aceitação, humildade, o senso íntimo da necessidade e da importância de viver, a crença na permanência e na força do amor.


1.1.11

Ainda um restinho de 2010



Pequenos internautas

João e seu novo visual


Último passeio de 2010 

João indignado por ter que esperar para comer e nem poder pedir a sobremesa!

Mais um parquinho 

O filhotes correndo feito loucos lá atrás
Difícil é convencê-los a ir para casa.

Um restinho de 2010


Em um jardim em Almeirim, cada vez que saímos temos que procurar por um.








Em Alpiarça

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