10.5.12


O mundo em que vivemos, não está de jeito nenhum, virado para a pessoa de Jesus Cristo. Outras pessoas e outros nomes têm ocupado a mídia e as mentes dos homens. O descaso e a indiferença tomou conta das sociedades que vivem cada vez mais divididas entre si, refugiando-se nas distrações e distorções da época. As lágrimas vertidas são na maioria de raiva e de ressentimentos, culpas que se tornam cada vez mais pesadas com as experiências e dificuldades do dia a dia." E peguntou: Onde o sepultaste? Eles lhe responderam: Senhor, vem e vê! Jesus chorou. Então, disseram os judeus: Vede quanto o amava."(Jo11:34-36)

Há cerca de dois mil anos, Jesus o Verbo Encarnado, derramou lágrimas... O pranto de Cristo fala-nos eloquentemente a respeito de seu carácter. Ele nos descortina as profundezas do seu coração. Ensina-nos verdades sobre o Salvador que não poderíamos comprender de nenhuma outra forma. Desse modo, as lágrimas de Jesus também conseguem tocar-nos no mais íntimo da alma, levando-nos ao arrependimento, à conversão e à paz.

A idéia de um Deus amoroso era estranha aos povos da Antiguidade. Nos versos da Ilíada, Homero disse que "os deuses ordenam que a sorte dos homens é sofrer, enquanto eles mesmos são livres de preocupações". Os gregos acreditavam que a principal característica dos deuses era a apatheia, ou seja, uma total indiferença para com os sentimentos dos mortais. Mesmo entre os judeus - que tinham preceitos religiosos mais elevados - Iahweh era visto como alguém distante, que se relacionava com os homens tão-somente por meio da lei. Ao apresentar o Senhor como um Pai que se envolvia com os dramas de seus filhos, Cristo escandalizou os escribas e os fariseus.

No livro Cartas do Diabo ao Seu Aprendiz, C.S. Lewis imagina como seria a correspondência entre um demônio experiente e seu sobrinho novato. Em meio a uma série de "conselhos" sobre a melhor forma de semear tentações, o velho diabo Screwtape deixa escapar uma dúvida. Como pode o Criador(a quem ele chama de "Inimigo") amar suas criaturas e sacrificar-se pelo seu bem? Ele considera isso o maior dos mistérios, algo que a mente infernal não é capaz de entender.

Jesus chorou porque se entristece como os homens se entristecem. Ele caminha com os sofredores, no entanto, as lágrimas de Jesus não são em tudo iguais às nossas. É que não encontramos nelas traço de fraqueza, limitação ou desespero. Como no cemitério de Betânia, Cristo sabe que tem as coisas sob controle, e que por fim triunfará plenamente. Às vezes choramos porque não podemos fazer mais nada, porque chegamos ao nosso limite. Tal não se dá com Jesus. Suas lágrimas não são sinal de impotência, mas de um amor que se apressa a socorrer os aflitos com incrível suficiência e poder.
"Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor; e fui para eles com quem alivia o jugo de sobre as suas queixadas, e me inclinei para dar-lhes de comer" (Os11;

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