12.11.05

JOSÉ AUGUSTO DOS SANTOS E SILVA


Santos e Silva nasceu em Abrantes no dia 16 de Novembro de 1863. Seu pai era um mestre de obras, que morreu num desastre de trabalho.Trabalhou como gerente da Empresa Literária de Lisboa, ao mesmo tempo em que o famoso evangelista Henrique Maxwell Wrigth (um dos fundadores da igreja que pastoreio), padecia de uma grave doença.Wrigth de regresso do Brasil viu-se impedido de dar seguimento à sua missão na Ilha de S.Miguel, iniciada em 1880, pelo que propôs a Santos e Silva ocupar a direcção do trabalho pelo espaço de um ano.
Para Santos era uma reviravolta na sua vida, uma verdadeira luta íntima o ter de se decidir. Santos era um tipógrafo, especializara-se na revisão e tivera por isso a oportunidade de privar com ilustres escritores como Manuel Pinheiro Chagas, Eduardo Vidal, António Enes e outros, o que lhe havia aumentado os seus interesses culturais. Porém quando Deus chama não há como dizer não.Aquele convite de um ano foi prolongado até 1897 (ano da organização da minha igreja), prestando ele então, no regresso a Lisboa, o seu auxilio a Santos Carvalho, por algum tempo. Depois, o pastor Santos e Silva aceitou, sob certas condições, o ministério interino da Igreja Presbiteriana, e aí se demorou de 1898 a 1907. Santos era um homem profundo nas Escrituras, o seu ministério foi aí abençoado em muitas almas, como o fora nos cincos anos em que permanecera em Ponta Delgada.
O ano de 1898 foi para ele, como também para o Evangelismo Lisbonense, de grande actividade, com a abertura da casa de oração “da Estefânia”, pela Missão Metodista em Portugal, e a fundação da União Cristã da Mocidade, de que ele foi o iniciador e principal organizador, valendo-lhe de muito os conhecimentos adquiridos antes da sua conversão. Como presidente da direcção e mais tarde da assembléia geral, teve aí útil contacto com a juventude, durante uns trinta anos, em colaboração com Roberto Moreton, Rodolfo Horner e outros mais.
Em 1907, como a Missão Metodista não pudesse continuar a manter o seu trabalho em Lisboa, que estava espiritualmente próspero, mas não em condições de arcar com sustento próprio, a Igreja organizada em 1900 tomou a resolução que lhe foi proposta, de chamar o Pastor Santos e Silva para guiar em nova fase, de regime congregacional, com o auxílio que lhe era prometido por elementos da Igreja Evangélica Fluminense.
Durante o longo pastorado da Igreja Lisbonense, 33 anos de grande actividade na obra local, como na de numerosas missões que fundou, ou de que tomou a responsabilidade espiritual, trabalhou sob os auspícios da Sociedade Brasileira de Evangelização, mais tarde Missão Evangelizadora do Brasil e Portugal, em cuja superintendência veio a suceder a Maxwell Wright.
O edifício na rua de Febo Moniz, onde hoje é propriedade da igreja presbiteriana se deve muito a ele. Fundou a Beneficência Evangélica, onde naquela época se dava atenção devida às viúvas.Fundou a Igreja evangélica Ajudense, como a Figueirense, a Chelense.Foi pastor interino das igrejas de Ponta Delgada , Rossiense, Pontessorense, Termas de S. Pedro do Sal e outras.
Homem modesto para quem pôde ter o privilégio de conhecê-lo diz Eduardo Moreira. Um operário até ao fim.Aos 77 anos, a 15 de fevereiro de 1940 faleceu. Depois de muitas enfermidades por que passou, ele, seus filhos e sua esposa. Juntando isto às incompreensões da época, temos um homem que soube manter-se firme e deixar algo para as futuras gerações, que infelizmente, nós, não demos continuidade.
José Augusto dos Santos e Silva foi batizado em 29-5-1881 pelo o Rev. Manuel dos Santos carvalho na Igreja Evangélica da Calçada do Cascão. Pastoriou durante 12 anos a Igreja Evangélica Presbiteriana de Lisboa. Simultaneamente aceitou o pastorado na Igreja Evangélica Lisbonense em 12-1-1908 quando da sua organização pelo sistema de governo congregacional. Fez várias viagens de evangelização no Continente, nas ilhas e no Brasil tendo fomentado neste país, irmão uma campanha para a construção do actual templo da rua de Febo Moniz, sendo lançada a primeira pedra em 11 de julho de 1923. Promoveu a inauguração do seu pavimento principal em 8 de Junho de 1925 em cujos dois primeiros cultos assistiram 1.000 almas.Inaugurou toda a igreja em 13 de junho de 1926. Compôs os hinos 504 e 579 e o coro XXVII último da colecção 248 dos salmos e Hinos. Fundou o jornal “O Mensageiro”. O seu texto favorito encontra-se em João 9:4. A Deus toda a Honra, Glória e Majestade.

Um comentário:

Anônimo disse...

bonita homenagem essa ao meu trisavô!!! beijinhos da susana :))

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