28.10.06

Palavras Jogadas ao Vento

Moendo e remoendo os dias dou-me conta da rapidez com que evelhecemos. O tempo implacável, visto no espelho a cada manhã. Sem dó, o reflexo mostra-nos em parte o que somos: rugas, cabelos brancos ou a falta deles - enfim, pó. As ansiedades e preocupações tornam-nos dependentes. Serei um eterno dependente. A liberdade como a entendemos não tem nada a ver com a liberdade de Deus, visto que Deus sempre faz o certo e nós não. Alguém perguntou por que os mortos pesam tanto. A resposta foi, que eles carregam palavras não ditas, silêncios. Quanto a mim eu acho que sou mais pesado vivo e, que morto serei leve. Não adianta fugirmos daquilo que nós somos, mais cedo ou mais tarde nos encontraremos de novo em algum deserto, eu (nós) e o Outro.

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