7.7.08

A Ansiedade da Igreja Actual

Tenho observado nos últimos dez anos um crescimento numérico entre os evangélicos em geral. No entanto é notório que pouca diferença têm feito no que diz respeito à ética, usos e costumes, como uma força que influencia a cultura para o bem. Há muito show, muita música, muito louvor, muitos livros - mas pouco ensino bíblico. Nunca os evangélicos cantaram tanto e leram tanto, nunca foram tão analfabetos de bíblia. Já não há mais "destreza bíblica"ou "galope" (como se fala aqui no Brasil), estudo bíblico e perguntas, mas apenas suspiros, gemidos, lágrimas, olhos fechados e mãos levantadas, mas pouco arrependimento, quebrantamento, convicção do pecado, mudança de vida. Nunca houve tantos animadores de auditório e tão poucos pregadores da Palavra de Deus. Durante os grandes avivamentos da história, as multidões se reuniam durante horas para ouvir a Palavra de Deus, para ler as Escrituras. Um bom exemplo disso aconteceu na época de Esdras em Israel, quando o povo de Deus se manteve em pé por horas somente ouvindo a exposição da Palavra de Deus. Hoje nem sentados em bancos almofadados e com ar condicionado as pessoas permanecem, ou por que não estão com tempo, ou simplesmente por que não há Palavra. Acredito que podemos começar a clamar a Deus por um avivamento que comece em mim. Foi isso que fizeram, homens como Lloyd-Jones, Spurgeon, Nettleton, Whitefield e os puritanos. Foi isso que fizeram os presbiterianos da Coréia em 1906, durante uma longa e grave crise espiritual na Igreja Coreana. Durante uma semana se reuniram para orar, confessar seus pecados, se reconciliaram uns com os outros e com Deus. Durante aquela semana Deus os atendeu e começou o grande avivamento coreanos, provocando milhares e milhares de conversões genuínas meses a fio; e dando início ao crescimento espantoso dos evangélicos na Coréia.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sinto exactamente o mesmo. Ainda no domingo passado não consegui deixar de chorar ao ver a minha igreja sendo assim. leitura bíblica, 2 versículos lá para o meio da mensagem, Muita música alta, repetitiva, muita mão no ar, muita oração sobre "Deus é bom abençoa-nos, dá-nos alegria..." (não é que esteja mal dizer isto a Deus. Mas, chega a ser saturante estarmos sempre na atitude de que só precisamos de ter prazer, satisfação. O deus da igreja actual é o génio da lâmpada de Aladino). E as pessoas até me fazem sentir mal, parecem tão espirituais, pois usam palavras que as pessoas gostam de ouvir, têm um ar tão sereno, mas depois as suas vidas são tão de fachada. Só aparecem para o "show", entenda-se de domingo à tarde ou concertos ou festas. Para isto sempre têm tempo. Tento ter uma atitude cristã, de ser uma benção como Deus diz através de Paulo. Mas é cansativo rumar contra a maré. Temos mesmo que orar por um verdadeiro avivamento.

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