28.7.05

Ser Mãe na perspectiva de um pai

Se há algo que nós homens nunca iremos saber e experimentar é o que significa carregar e gerar um ser humano. Sentir no corpo e na alma, esse milagre da gestação e parto. Naquelas 40 semanas, muitas coisas acontecem, desde a primeira reação, que nós homens não sentimos, mas ansiamos perscrutar. À medida que o tempo corre, a barriga da futura mãe, vai crescendo e com ela as nossas expectativas, se é menino ou menina, se é mais parecido com pai ou com a mãe - como será?. Sempre dizemos que queremos que seja igual à mãe, isto é, se for menina, claro, no entanto gostaríamos que fosse mais parecido connosco, naquela parte de que gostamos em nós. Já aqueles aspectos, que ainda não aceitamos em nós, pedimos aos céus, que o nosso bebê não herde. Mas na maioria das vezes, o que acontece é que são esses sinais que detestamos, que iremos ver em nosso brotinho. Aceitamo-los, pois é o nosso bebê. Acabamos por aprender aceitá-los em nós também, na verdade isso faz parte do milagre do nascimento. A vida muda, os ideais já não são os mesmos, deixamos de ser o centro, o alvo das atenções e passamos a perceber os outros melhores. A mãe é diferente, dedica-se o dia todo no preparo das roupinhas e enxoval, imaginando, o rostinho e corpinho envolto naquelas "coisas pequenas" e delicadas, que tomam conta do guarda roupa, que era do pai e da mãe. As contrações e má disposição muitas vezes são omitidas, para não nos preocupar, afinal, nós somos homens - essa missão não é nossa. Infelizmente nunca saberemos avaliar correctamente essa relação de mãe e feto, de partilhar o mesmo ar, da mesma comida, das mesmas tristezas e alegrias.Viva a Mãe...

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