A cidade do Rio vive já desde ontem uma euforia inigualável. Em Salvador na Bahia a coisa já está detonando alguns dias. Chega a ser incompreensível tamanha movimentação e envolvimento das pessoas. Gente que passa um ano inteiro ajuntando dinheiro para gastá-lo nestes dias. Fazem-se dívidas, cumprem-se promessas de morte e no entanto a alegria as energias acabam por virar na maior parte tristezas, decepções e doenças de todo o tipo. O barulho da bateria e ritmos contagiantes levam à loucura os turistas e nativos. É claro que tudo isso de cabeça cheia, não existe lugar para caretas ou conservadores"é carnaval ninguém leva a mal". A indústria de camisinhas está em alta, as prefeituras fazem a distribuição às carradas, os foliões agradecem e lá vão naquela viagem com volta ou sem volta.
Nem tudo é naturalmente promiscuidade, extravagância e loucura. Existem outros carnavais, passados em casa na companhia da esposa ou dos filhos ou irmãos da igreja. Durante estes dias fazem-se retiros espirituais. A comunidade evangélica está activa e isso produz frutos, pessoas têm a oportunidade de ouvir que existe uma tristeza que produz a salvação e uma alegria que não decepciona e que cura aquelas doenças da alma e coração.
Os tempos de carnaval em Portugal já é passado, onde a farinha e os ovos eram desperdiçados na cara de alguém, onde laranjas podres serviam para amenizar velhas contendas. Também os retiros no A.B.S (Ai que saudade) eram levados a sério. Um tempo dedicado à oração à palavra ao convívio. Outros carnavais.
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