A política e os políticos formam um sistema que me enfada. Já lá vai o tempo que esse sistema era uma novidade que atraía, lembro de uma época em que as pessoas faziam questão de apertar a mão dos políticos, eu próprio uma vez cumprimentei o dr. Mário Soares numa campanha do P.S em Paio Pires, foi uma espécie de conquista de adolescente no meio da multidão.
Talvez por viver num país onde todos os dias a corrupção descarada é notícia sem interesse, porque os protagonistas são sempre os mesmos algum prefeito, deputado ou membro do governo, sem falar dos polícias, claro, a política dos políticos deixou de ser uma arte de governar para ser um meio de promoção de interesses pessoais ou quando muito de uma elite. Os partidos fazem alianças porque não têm convicções, os interesses estão acima dos valores e a ideologia deu lugar à demagogia.
No entanto, apesar do quadro ser negativo, pois os políticos "modernos" desaprenderam a paixão e a vocação de olhar a nação, creio que há um que se destaca no meio de tanta mediocridade, Paulo Portas, pela sua visão e coerência, além dos valores cristãos que defende. Paulo Portas é daqueles políticos raros hoje em dia. Paulo Portas transmite confiança, inteligência, determinação, mostrando ser seguro nas suas idéias e no confronto, astuto mas leal.
É de lamentar sem dúvida as acusações pessoais que se fazem nesta altura, espero que Paulo Portas não embarque nessa, nem ele, nem outro do partido. Espero que este Sócrates pratique a introspecção como aconselhou outrora aquele que foi o divisor de águas na filosofia antiga.
Um comentário:
Daqui Filipe Samuel.
Tá visto que estás a acompanhar a campanha aqui deste lado do Atlântico. Concordo contigo: esta geração de políticos ou melhor politiqueiros, é um enfado. Tão enfadonhos são eles que já nem me dou ao trabalho de bocejar. Devoto-lhes uma indiferença olímpica. Mas olha lá, o Portas é claramente de centro direita. Não é apenas valoes cristãos que ele defende, mas vai mais além. O europeísmo dele é uma pouco xenófobo; a ideia de sociedade de investimento leva-o a priviligiar os ricos; a sua eficiência tecnocrata acaba num Estado bem menos protector em relação a direitos humanos, etc. Coerente? Sim! Leal? Não! Há inúmeras histórias das facadas que deu pelas costas a colaboradores e amigos. Enfim ... Coisa curiosa é ver o irmão que sai do mesmo berço, virar completamente à esquerda.
Força aí. Até mais! Abraço forte.
Filipe Samuel
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