Não é difícil pecar, decepcionar a Deus e a nós mesmos. Não é difícil mentir, adulterar, exceder-se no namoro, ser desonesto, ceder à lascívia, maldizer, magoar, quebrar promessas, render-se a um vício. Difícil é conviver com a culpa que o pecado traz.
O sentimento de culpa é uma das forças mais poderosas que podem agir sobre nossas emoções. E ele está, de alguma forma, presente em todas as enfermidades interiores. Para resistir ao seu peso esmagador, o ser humano toma as atitudes mais diversas e radicais. Todas as pessoas vêem-se às voltas com a culpa e tentam lidar com ela; muitas vezes, da maneira errada. Constatamos isso na experiência dos personagens bíblicos e também na do homem moderno. Diante da culpa, alguns
esquivam-se como Adão(Gn3.11,12);
endurecem-se como Caim(Gn4.8,9);
fogem como Moisés(Ex2.11-15);
enloquecem como Saul(1Sm16.14);
consomem-se como davi(Sl32.1-5);
choram como Pedro(Mt26.75);
suicidam-se como Judas(Mt27.3-5).
A experiência da mulher adúltera, no entanto, ensina-nos a forma adequada e saudável de lidarmos com esse sentimento. Com ela aprendemos que só aos pés de Jesus podemos obter o alívio para esse peso.
Reconhecendo a Culpa
O primeiro passo para superar o sentimento de culpa é reconhecer o pecado. É por relutar em admiti-lo que a maioria das pessoas afunda-se no remorso e na manipulação, em vez de crescer com seus erros e livrar-se deles. No episódio da mulher apanhada em flagrante adultério, estiveram envolvidas algumas pessoas que não estavam dispostas a reconhecer sua culpa, e por isso saíram dali sem a bênção e sem o perdão.
O primeiro personagem que nos chama a atenção nessa história é o adúltero. Ele merece destaque pelo simples facto de não aparecer no texto. Onde está ele? Obviamente o adultério é o tipo de pecado que não dá para se cometer sozinho! (continua)
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