19.5.05

Rolando e Mexendo

A bola sempre foi o meu brinquedo preferido e realmente significativo que tive em minha infância. Pode ser por isso, que ainda hoje, ao ver os garotos jogando na rua sinto vontade de me misturar e participar. A bola tem um fascínio sobre mim, não tenho dúvidas, mas também me traz algumas decepções. Quando estamos longe, algo acontece de extraordinário, sofremos mais. Sofrimento desportivo. Sofrer com a seleção de Portugal e Benfica é uma coisa mas sofrer com o Sporting e Porto etc, é outra. Mas é isso que acontece. Fiquei muito aborrecido e triste com a derrota do Sporting. Quando estamos longe da nossa terra, somos mais de todos e não tanto torcedores fanáticos e doentes de uma cor ou símbolo. Somos mais Portugal. Até é possível torcer pelos rivais e ficar feliz pelas suas vitórias. Esta é uma perspectiva daqueles que enxergam de longe onde os sentimentos nem são maiores nem menores, são simplesmente mais claros e definidos. Sendo assim, a bola não só rola, mas mexe com a gente, trazendo à tona muitos sentimentos que nos ensinam a olhar o desporto e o futebol de forma muito sadia e relevante para os dias de hoje. No entanto as claques com seus discursos racistas e xenófobos vêm arrastando cada vez mais adeptos, fruto não só da rivalidade imposta pela própria competição, mas também por fenómenos acelerados provenientes da época, tais como: a falta de sentido da vida; rejeição; desemprego e solidão...
Uma visão mais otimista a este nível não é possivel, até porque o que está movimentando muitos destes fenómenos é o dinheiro, muito dinheiro - o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males.

Um comentário:

Anônimo disse...

o marco já diz golo do kenkica (benfica) já sofre pela bola.Acorda a dizer a bola a bola... culpa minha porque desde cedo achei que a bola é um bom brinquedo para desenvolver uma criança. Infelizmente o futebol domina tudo e todos.beijos da prima susana

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