Eusébio de Cesaréia (IV séc), em sua História Eclesiástica, cita Josefo narrando os últimos dias de Herodes. Este ordenou mediante um edito matar os meninos de Belém de peito e redondezas, de dois anos para baixo. O alvo era Aquele que o profeta Miquéias tinha falado. Mas Jesus o menino, levado para o Egipto, adiantou-se ao plano. (Mt2:1-7; 16:13-15)
As consequências da ação de Herodes em relação ao infanticídio que cometera e perseguição ao Salvador, foram terrivelmente descritas e explicadas extensamente por Josefo em seus relatos históricos: A doença de Herodes fazia-se mais e mais virulenta. Deus vingava seus crimes. Com efeito, era um fogo suave que não denunciava ao tacto dos que apalpavam um abrasamento como o que por dentro aumentava sua destruição; e logo uma vontade terrível de comer algo, sem que nada lhe servisse, ulcerações e dores atrozes nos intestinos, e sobretudo no ventre, com inchaço úmido e reluzente nos pés. Em torno do baixo ventre tinha uma infecção parecida; mais ainda, suas partes pudendas estavam podres e criavam vermes. Sua respiração era de uma rigidez aguda e extremamente desagradável pela carga de supuração e por sua forte asma; em todos os seus membros sofria espasmos de uma força insuportável...Depois, torturado, também pela falta de alimento e por uma tosse espasmódica e abatido pelas dores, tramava anticipar a hora fatal. Além destes detalhes mandou que matassem outro de seus filhos legítimos, terceiro que somou aos outros dois já assassinados anteriormente, no mesmo momento, de repente e entre enormes dores, expirou. Aos setenta anos, provavelmente em março ou abril de 4 a.C.
A narração de Josefo (que é muito extensa), leva-nos a olhar as Escrituras e lembrar de como "Terrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo".
Nenhum comentário:
Postar um comentário