Cresce a cada dia o número de crentes afastados de suas igrejas. O próprio pecado não confessado ou a desilusão de liturgias e grupos (panelinhas), que se formam, fragmentando a comunhão de um corpo há muito dilacerado. Além dessa realidade, existe um outro grupo talvez ainda maior: Os afastados nas igrejas. São aqueles que não abandonaram o costume de ir aos cultos dominicais, mas há muito tempo que perderam a alegria de assistir e participar deles. Já não gozam de uma íntima comunhão com Deus. Deixaram aquilo que o Apocalipse chama de "Teu primeiro amor".
Como pastores enfrentamos a realidade do vai e vem de pessoas que procuram simplesmente alguma vantagem ou distração. Ir à igreja para muitos é um programa como um outro qualquer. Assim, encontramo-nos uns com os outros (superficialmente) menos com Deus. Já não adoramos incondicionalmente, somos interesseiros, buscamos apenas sentirmo-nos bem naquelas duas horas. Quando falamos de pecado, porque essa é a nossa realidade, as pessoas torcem o nariz. Quando pregamos doutrinariamente as reações são aquelas no dizer Paulo: "Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos".
Que fazer? Seremos guias espirituais e corremos o risco de sermos dispensados ou guiados a ponto de cedermos diante das exigências dos membros( associados)? Afinal - na maioria das vezes somos mais uma espécie de dirigentes de um clube do que pastores e irmãos.
Um comentário:
O culto não pode deixar de o ser. E enquanto existir o verdadeiro culto a Deus ver-se-á melhor a diferença entre os adoradores e os convivas sociais que fazem tudo para não passar despercebidos na Igreja. São esses os primeiros a abandonar...
Fernanda
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