13.1.05

Como está, tudo bem?

Uma pergunta aparentemente corriqueira pode ter significados muito mais profundos do que parece à primeira vista.

Max Gehringer(palestrante e colunista da revista Exame),leva-nos para realidade do dia a dia, quando a gente acorda num daqueles dias. Aqueles em que o trajeto de casa até ao trabalho parece mais longo que a Cordilheira dos Andes -, é inevitável que a primeira pessoa que nos encontre no trabalho vá logo perguntando:
-Ih, que cara é essa? Alguma coisa errada? Parece que todos te devem...?
Imagina-se que alguém que faça uma pergunta dessas esteja esperando ouvir uma resposta socialmente correta, do tipo: "Sim, estou extremamente mal-humorado devido a diversos contratempos que passarei doravante a relatar. Você não gostaria de se sentar? Porque meu rosário de traumas pessoais e profissionais irá consumir cerca de 2 horas do seu tempo".
Pensando acerca das reações e afirmações que fazemos nesses diálogos, uma coisa sobressai: Quem pergunta se o outro está de mau humor raramente está querendo ajudar. No mais das vezes, está apenas buscando uma referência comparativa para melhorar o próprio dia. Já aquele que está realmente mal-humorado tenta disfarçar, mas as folhas brancas grampeadas o tom de voz aumentando e outros fenómenos neurológicos que ocorrem quando não estamos sendo sinceros, revela a dificuldade que temos de viver num mundo corporativo, um tanto quanto egoísta e carregado de maquilhagens.

Um comentário:

João Narciso disse...

Aí está uma coisa que eu já tinha pensado. Bom post.

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