17.1.05

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“O movimento evangélico está em crise”. Esta é uma frase, que virou clichê nos discursos dos palestrantes. A “crise”, resulta, segundo os profetas do nosso tempo da invasão, ou melhor, intromissão do mundanismo no culto, na vida, afetando a doutrina, tornando-a frágil e sem relevância .
Todos nós passamos por mudanças significativas ao longo da nossa vida, sabemos que essas “mudanças” têm haver com certas experiências, que nos influenciaram, que formaram a nossa maneira de pensar, ou que nos conformaram a uma realidade distorcida .Essa perda de visão ou a ilusão, tem levado a maioria acreditar que faz parte de uma geração de “renovados”, ou “ungidos”, ou “proféticos”, na verdade não percebem que estão sendo levados a afastarem-se cada vez mais do real sentido de ser Igreja.
Já não existe uma teologia sadia que seja bem entendida..., o povo já não adora e serve a Deus, porque não sabe como fazê-lo. No entanto, experiências vêm acontecendo, variedade de novos elementos no culto tais como: dança, encenações dramáticas ou humorísticas, algumas vezes recursos visuais como faixas, slides e filmes, até atividades pentecostais, incluindo desde ser morto no Espírito a risos santos, estão na moda e em alta. Também muitas igrejas viram alterações na área da música, o estilo mudou. Os velhos hinos deram lugar a cânticos de louvor, as melodias clássicas tradicionais já não servem mais, os estilos agora variam do rock ou pop ao sertanejo cristão Parece até que para alguns a música tornou-se um sacramento ou intermediário a uma experiência mística entre Deus e o adorador. O que nós precisamos perguntar é se todas estas novidades tem nos tornado mais maduros, mais perfeitos diante de Deus, mais humanos, mais próximos dos outros, mais próximos de Deus.
Nossa sociedade parece dilacerada por uma misteriosa relação de amor e ódio pela a cruz. A imprensa a ridiculariza; os políticos liberais e progressistas em geral a rejeitam. No entanto, os cristãos continuam usando o símbolo da cruz. Assim também fazem os adolescentes preocupados com a moda. Existem muitas meninas e meninos grandes, ostentando crucifixos decorativos destituídos de qualquer significado verdadeiramente cristão."- Eu vi e pensei: tenho de ter uma- está na moda", disse Lynette Sharlo. A fé não possui relação alguma com essa escolha."- Ela simplesmente fica bem", disse a Vicky Ortiz, que escreveu o artigo " A fé dos adolescentes na moda é a cruz que eles têm de carregar".
O que realmente importa é "a mensagem da cruz", mensagem que continua a ser esquecida ou banalizada "para os que se perdem". Mudanças, inovações, não têm trazido melhores cultos e crentes mais maduros. Somos reféns de uma cultura que nos faz esquecer "das coisas lá do alto". Que faremos? Talvez tenhamos que resgatar alguns valores puritanos do séc.16 , vistos entretanto como mal-humorados, censurando e chamados de presunçosos, ou então seguindo o conselho do próprio Richard Cox,"Sou da opinião de que todas as coisas na igreja deveriam ser puras, simples e removidas o mais longe possível dos elementos e pompas dete mundo".

Um comentário:

Anônimo disse...

Concordo e se me é permitido acrescento:
As igrejas evangélicas tentam a todo o custo ser populares e têm aderido a uma fé "faça você mesmo", a uma fé que faça o povo sentir-se bem. A verdade é que esta fé tem perdido não o seu intelecto como a sua alma também. J.I. Packer sugere que a qualidade do serviço prestado a Deus pelos evangélicos é algo que nos deve preocupar. É superficial, digo eu.

Fernanda

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