Em primeiro lugar é importante sabermos a respeito dos decretos de Deus e assim evitamos o lixo que abunda normalmente ao redor destas questões.
- Os decretos são o eterno propósito de Deus. Ele não faz ou altera Seus planos à medida que a história humana vai se desenvolvendo; Ele fez esses planos na eternidade e eles permanecem inalterados.
- Os decretos são baseados em Seu mui sábio e santo desígnio. Ele é onisciente e assim sabe o que é melhor. Ele é absolutamente santo e assim não pode ter em Seu propósito qualquer coisa que seja errada.
- Os decretos se originam na liberdade de Deus. Ele não tem a obrigação de se propor coisa alguma, como supôem os panteístas, mas se Se propuser qualquer coisa, fa-lo -à sem restrição de espécie alguma. A única necessidade a Ele imposta nesse aspecto é a que resulta de Seus próprios atributos de Deus sábio e santo. Só podemos saber, portanto, através de uma revelação especial de Deus se Ele tem ou não Se proposto qualquer coisa e, se O fez, o que foi que Ele se propôs.
- Os decretos têm como finalidade a glória de Deus. Seu objectivo principal não é a felicidade da criatura nem o aperfeiçoamento dos Santos, embora essas duas estejam incluídas em Seus objectivos, mas sim na glória dAquele que é absoluta perfeição.
Há dois tipos de decretos: os eficazes e os permissivos. Há coisas que Deus Se propõe que Ele também determina eficazmente fazer acontecer; há outras que Ele simplesmente determina permitir. Será mostrado mais adiante, entretanto, que mesmo no caso dos decretos permissivos, Ele tudo domina para Sua própria glória. E finalmente, os decretos abrangem tudo o que vem a ocorrer. Eles incluem todo o passado, o presente, e o futuro; contêm as coisas que Ele eficazmente faz acontecer e aquilo que Ele simplesmente permite.
Que os acontecimentos no universo não são nem uma supresa nem um desapontamento para Deus, nem tampouco o resultado de capricho ou vontade arbitrária de Sua parte, mas sim a execução de um propósito e plano definidos dEle, é o que nos ensinam as Escrituras."Jurou o senhor dos Exércitos dizendo: Como pensei, assim sucederá, e como determinei, assim se efectuará...Este é o desígnio que se formou concernente a toda a terra; e esta é a mão que está estendida sobre todas as nações. Porque o Senhor dos Exércitos o determinou; quem, pois, o invalidará? A sua mão está estendida; quem pois a fará voltar atrás? (Is14.24-27; Ef1.9-11; 3.11; Dn4.35). Em seguida iremos abordar a obra da Providência de Deus.
continua...
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