As pessoas mudam com o passar dos tempos. Esta é uma máxima simples de guardar. Lembro quando me chamavam de"protestante" de forma pejorativa, na ida para a Escola Dominical, nas brincadeiras de rua e na escola. Às vezes até era corrido à pedrada, pois eu assumia essa alcunha como sendo de alguma maneira algo ofensivo, vergonhoso, então revidava. Algumas vezes era discriminado na avaliação dos professores, lembro muito bem quando frequentava a segunda classe em que fui alvo dessa separação. Com o passar dos anos essa fase passou e apesar de continuar a ser conhecido como "o protestante" para alguns e "o filho do padre" para outros, recordo que houve um período em que eu fazia sempre questão de me identificar como protestante. Não sei ao certo porque o fazia. O que eu quero realçar aqui é a perda de identidade das pessoas em geral o anonimato em que vivem. Hoje os vínculos são cada vez mais raros mesmo aqueles que aparentemente nos aborrecem, as pessoas já não são conhecidas pelo o nome de família ou pela função que exercem mas por aquilo que têm. Pela casa, pelo carro ou pela roupa que vestem e penteado de última geração. Perdemos a história de nós mesmos pois deixámos de fazer perguntas aos nossos avós e pais. A família, outrora entendida, abrangendo tios e primos, cunhados e etc, deu origem a famílias cheias de coisas menos de relacionamentos significativos e oportunidades de crescimento mútuo.
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