14.1.05

Ponto de vista calvinista (homossexualidade)

Em primeiro lugar, gostaria de destacar o exelente trabalho hermenêutico do primo Samuel Nunes.

O Tiagão observou a existência de alguns "parênteses", na primeira parte do texto do Samuel e observou e muito bem, que a interpretação bíblica pode ferir algumas sensibilidades. Eu gostaria de enfocar aqui o texto bíblico de Romanos cap.1.18-32. Parece-me que o problema para alguns é saber em primeiro lugar qual a resposta à questão: doença genética ou desvio moral? Pelas conversas que tive com homossexuais no trabalho secular e no dia a dia, creio, com toda a certeza, que podemos distinguir dois grupos: aqueles que têm vergonha de si mesmos; aqueles que se acham superiores por serem e assumirem o que são.

"A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça... Por isso, Deus os entregou, segundo o desejo dos seus corações, à impureza em que eles mesmos desonraram os seus corpos. Eles trocaram a verdade de Deus pela mentira e adoraram e serviram à criatura em lugar do Criador... Por isso Deus os entregou a paixões aviltantes: suas mulheres mudaram as relações naturais por relações contra a natureza; iguelmente os homens, deixando a relação natural com a mulher, arderam em desejos uns para com os outros, praticando torpezas homens com homens e recebendo em si mesmos a paga da sua aberração... Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem." (Rm 1:18,24,26,32)

Calvino faz uma exposição deste capítulo visando de uma forma geral todos os homens como "culpados de sacrilégio e de ingratidão ígnóbil e iníqua". A lista ocorre nos versos 29-31. Calvino no versículo 32 comenta de forma sintética o que Paulo está querendo dizer a respeito da direção errada que os homens tomam: "Conquanto esta passagem seja explicada de várias maneiras, a seguinte interpretação parece-me a mais verossímel, ou seja: os homens se precipitaram totalmente numa licenciosidade desordenada do mal e é o apagar de toda e qualquer distinção entre o bem e o mal, aprovaram, tanto a si mesmos quanto em outros, aquelas coisas que sabiam provocar desprazer em Deus, as quais serão condenadas por seu justo juízo. É o cúmulo do mal quando o pecador se vê tão completamente destituído de pudor, que não só se compraz com os seus próprios vícios, e não tolerará sua condenação, mas também os encorajam em outros por meio do seu consentimento e aprovação. Esta irremediável impiedade é assim descrita na escritura: 'Eles se alegram de fazer o mal' (Pv 2:14); 'A cada canto do caminho edificaste o teu altar e profanaste a tua formosura, abriste as tuas pernas a todo que passava e multiplicaste as tuas prostituições' (Ez 16:25). O homem em quem o pudor é sentido ainda pode ser curado; mas quando o senso de pudor lhe é ausente, e o que lhe é familiar é a prática do pecado, tal vício e não a virtude, lhe apraz e goza de sua aprovação, não resta qualquer esperança de emenda. "

2 comentários:

TF disse...

Acho que vamos chegar a uma altura em que tudo é determinado pela genética. E acho que devemos nos precaver para isto. Em Corinto havia ex-homossexuais redimidos. Com dificuldades, com outro tipo de tentações que alguns de nós sofremos, eles tentavam chegar à santidade.
Hoje em dia está a utilizar-se a tendência genética como desculpa. O que acontecerá se eu matar toda a minha família e depois um psicólogo/geneticista achar que aquilo que eu fiz não foi porque eu o quisesse fazer, mas porque estava determinado (geneticamente). Não será nesta situação o justiça um crime? Uma punição inadequada? A culpa não é minha é dos genes? Que fazemos agora? Limpeza genética?

Anônimo disse...

À propósito do comentário do Tiago, acho que o que ele disse já está acontecendo ou prestes a acontecer. Assistindo ao Discovery Health (quando não estava passando nenhum filme ou desenho interessante), vi uma matéria que falava sobre uma pesquisa que fizeram com assassinos condenados, que todos tinham uma característica cerebral em comun. Algo que indicava violência, crueldade ou qualquer coisa assim. Claro que ainda não provaram que todos os que possuem essa característica são ou virão a ser assassinos, mas basicamente disseram que todos os assassinos (com excessão dos "assassinos circunstanciais") tinham a tal característica.
Pois, é. Diante disso, cuidado. Quando for fazer uma nova amizade com alguém, peça logo uma tomografia (TAC)ou quem sabe um exame de DNA (ADN). Faça também só por precaução... nunca se sabe.

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